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November 17, 2022
Participantes de treinamento tem prática de campo na Zona Rural de Caicó (RN) - Photo: Maria Amália da Silva Marques | colaboradora do Projeto
Uma técnica de manejo desenvolvida pela pesquisa da Embrapa foi difundida semana passada entre agricultores, consultores do SEBRAE-RN, coordenadores da Extensão Rural de 12 municípios potiguares. Estão envolvidos nessa força-tarefa facilitadores de Acari, Cruzeta, Jardim do Seridó, São José do Seridó, Caicó, Carnaúbas dos Dantas, Santana do Seridó, Jucurutú, Tenente Laurentino, Cerro Corá, Currais Novos e São Vicente.
“No primeiro ano foram 53 famílias beneficiadas, agora são 130, com esse projeto que visa resgatar o cultivo do algodão no Seridó do Rio Norte, dessa feita com um cultivo eminentemente orgânico, dentro dos preceitos e técnicas agroecológicas”, comenta Marenilson Batista, pesquisador e supervisor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia (SIPTT) da Embrapa Algodão, que coordena a capacitação.
Sem pragas
O vazio sanitário, basicamente, consiste em deixar a área cultivada com algodão, da safra anterior, sem qualquer tipo de planta que possa servir de abrigo para o bicudo. A Embrapa recomenda um período de 60 a 90 dias, evitando a proliferação de pragas e doenças transmitidas pelo inseto. Segundo o pesquisador Fábio Aquino, o vazio sanitário é de extrema importância na cotonicultura. Ele afirma que para obter o vazio sanitário, o produtor deve inicialmente destruir todos os restos culturais depois da colheita, visando eliminar qualquer fonte de alimento e abrigo dos insetos-praga, que podem se multiplicar durante a entressafra.
Batista acrescenta que a prática faz com que a população do bicudo-do-algodoeiro caia, praticamente, a zero. “Essa técnica está prevista pelo Programa Nacional do Controle do bicudo e é extremamente necessária para a convivência com essa praga, principalmente dentro dos sistemas orgânicos de cultivo do algodoeiro”, destaca.