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Nova gestão do Comitê de Patologia de Sementes (COPASEM) assume com foco no fortalecimento da sanidade de sementes no Brasil


Brazil
June 26, 2025


 

A nova gestão do Comitê de Patologia de Sementes (COPASEM), vinculado à Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), inicia seus trabalhos com uma missão clara: fortalecer a sanidade das sementes produzidas no Brasil. Diante de desafios técnicos, estruturais e regulatórios, o comitê aposta na capacitação profissional, na padronização de metodologias e na integração dos diferentes elos do setor.

À frente do comitê estão a coordenadora Norimar D´Ávila Denardin, sócia-diretora e pesquisadora do Centro de Biotecnologia na Agricultura (CEBTECAGRO), e a vice-coordenadora Carla Corrêa, CEO da CLC AgroCapacitação. Com foco em inovação e articulação técnica, elas conduzirão ações estratégicas que visam à produção de sementes mais sadias e seguras, essenciais para conceder caráter de sustentabilidade à agricultura nacional.

"Precisamos garantir qualidade desde o laboratório até o campo", afirma Norimar Denardin.

Segundo ela, uma das prioridades da nova gestão é criar uma rede de padronização e validação de análises fitopatológicas, envolvendo universidades e instituições de pesquisa públicas e privadas.

Entre os principais gargalos do setor estão a escassez de profissionais especializados, a limitação de recursos em infraestrutura e a falta de metodologias diagnósticas padronizadas. Norimar ressalta ainda que há um grande déficit de laboratórios bem equipados e de pessoal capacitado para operar tecnologias modernas e interpretar resultados complexos, especialmente em regiões afastadas dos grandes centros.

Ela destaca que técnicas avançadas – como as baseadas em biologia molecular, a exemplo da PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), eletroforese, sequenciamento de DNA, hibridização, técnicas isotérmicas, como o Lamp (Loop-mediated isothermal amplification) e ELISA – demandam investimentos significativos em equipamentos, reagentes e infraestrutura, o que dificulta sua adoção em larga escala nacional.

Além disso, há escassez de técnicos aptos a operar essas tecnologias e interpretar os resultados com precisão. Esse déficit limita a realização de análises complexas e compromete a resposta à diversidade de patógenos, presente no País. "A diversidade de patógenos exige metodologias sensíveis, rápidas e precisas. No entanto, sua implementação tem enfrentado barreiras técnicas e financeiras, além de capacitação contínua das equipes ativas", enfatiza.

A vice-coordenadora Carla Corrêa também ressalta a importância de superar resistências à adoção de novas metodologias: "Vamos atuar em parceria com agências de fomento e instituições públicas e privadas para garantir acesso à tecnologia, formação profissional e difusão do conhecimento", afirma.

No campo prático, o COPASEM pretende apoiar estratégias integradas de controle de patógenos, promovendo o uso adequado de tratamentos químicos, biológicos e físicos, além de incentivar o desenvolvimento de agentes de biocontrole mais eficazes e seguros. Segundo as coordenadoras, essas soluções exigem maior investimento em pesquisa e capacitação técnica por parte dos usuários finais.

Atualmente, o Brasil conta com laboratórios oficiais, como os do LANAGRO, do Ministério da Agricultura e Pecuária, e o Instituto Biológico de São Paulo, além de aproximadamente 190 laboratórios credenciados pelo MAPA até setembro de 2023. "No entanto, nem todos estão ativos ou habilitados para o diagnóstico fitossanitário. Há também laboratórios vinculados a universidades e instituições de pesquisa públicas e privadas, mas o número total ainda é impreciso", observa Carla.

"A situação evidencia a urgência de incentivos para manutenção e expansão desses serviços essenciais", reforça Norimar Denardin.

O comitê pretende intensificar o diálogo com órgãos reguladores e entidades representativas, como a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM) e as associações estaduais. A estratégia contempla ainda a ampliação da oferta de cursos, workshops e simpósios, além de incentivar a publicação de artigos científicos em periódicos como o Journal of Seed Science e o Informativo ABRATES. "Nosso objetivo é atualizar e disseminar o conhecimento técnico-científico em patologia de sementes, além de conectar o Brasil a experiências internacionais que possam nos fortalecer", afirma Carla.

A grande meta da nova gestão é consolidar o COPASEM como referência nacional e internacional em sanidade de sementes.

"Superar esses desafios exige um esforço colaborativo entre instituições de pesquisa, órgãos governamentais, setor produtivo e os laboratórios, com investimentos em pesquisa, infraestrutura, capacitação e políticas públicas voltadas à área. O impacto será direto na produtividade agrícola, na segurança alimentar e na competitividade do Brasil no mercado global", conclui Norimar Denardin.

 

 

COPASEM e os Desafios da Sanidade de Sementes no Brasil

1. Desafios Gerais e Metas do COPASEM

Entre os principais desafios, destacam-se:

  • Escassez de profissionais especializados e laboratórios capacitados.
  • Deficiência na padronização e validação de metodologias de análise.
  • Dificuldade na atualização e disseminação de conhecimento técnico.
  • Necessidade de articulação entre universidades, empresas, órgãos de fiscalização e pesquisa.
  • Diversidade regional das culturas e fitossanidade.
  • Adoção e integração de novas tecnologias.
  • Busca por financiamento e maior visibilidade institucional.

As metas gerais envolvem:

  • Elevação dos padrões sanitários.
  • Formação e capacitação contínua de profissionais.
  • Fortalecimento da rede de laboratórios.
  • Produção e divulgação de informações técnicas confiáveis.
  • Promoção de eventos e debates técnicos.
  • Apoio à pesquisa e inovação.
  • Colaboração com entidades do agronegócio e organismos internacionais.

 

2. Diagnóstico: Desafios Técnicos e Estruturais nos Laboratórios

Os laboratórios enfrentam entraves como:

  • Complexidade e diversidade dos patógenos.
  • Falta de protocolos padronizados e métodos mais sensíveis.
  • Dificuldade de detectar patógenos em final de ciclo.
  • Interferência de microrganismos saprófitas.
  • Infraestrutura limitada e altos custos operacionais.
  • Falta de profissionais treinados em técnicas moleculares e interpretação de dados.
  • Resistência à adoção de novas metodologias.
  • Necessidade de capacitação contínua e maior integração entre pesquisa e aplicação prática.

 

3. Manejo Fitossanitário: Obstáculos e Necessidades

No campo, os principais desafios do manejo incluem:

  • Adoção de estratégias preventivas com base em diagnóstico preciso.
  • Escolha eficaz do tratamento de sementes (químico, biológico ou físico).
  • Desenvolvimento e validação de métodos de biocontrole.
  • Integração de diferentes técnicas de manejo.
  • Atualização e capacitação de técnicos e produtores.
  • Acesso às informações atualizadas e regulamentações claras.

 

4. Formação Profissional: Um Gargalo Urgente

Há um déficit crítico de especialistas em patologia de sementes, marcado por:

  • Pouca formação específica e aprofundada.
  • Desconexão entre a academia e o setor produtivo.
  • Envelhecimento da mão de obra e pouca renovação.
  • Baixa visibilidade e incentivo à área.
  • Falta de disciplinas específicas nas universidades.
  • Necessidade de formação continuada e valorização dos profissionais.

 

5. Atualização dos Conteúdos e Metodologias

Os cursos enfrentam barreiras como:

  • Rápido avanço tecnológico e científico.
  • Emergência constante de novos patógenos.
  • Alto custo das tecnologias e infraestrutura.
  • Falta de especialistas e materiais atualizados.
  • Metodologias de ensino defasadas e pouca integração teoria-prática.
  • Baixa difusão do conhecimento fora do meio acadêmico.

 

6. Estrutura dos Laboratórios no Brasil

O cenário atual é composto por:

  • Laboratórios oficiais: como os do LANAGRO (MAPA) e Instituto Biológico de SP.
  • Laboratórios credenciados pelo MAPA (RENASEM): cerca de 190 até setembro de 2023.
  • Laboratórios não oficiais e não credenciados: de universidades, Embrapa e empresas, com número exato desconhecido.

7. Prioridades do COPASEM

  • Formação profissional como pilar para suprir a escassez de especialistas.
  • Pesquisa aplicada, voltada a novas metodologias e manejo sustentável.
  • Investimento em tecnologia, modernizando estruturas laboratoriais.
  • Difusão eficaz do conhecimento, tornando-o acessível a técnicos, produtores e usuários finais.

 

 

 



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Website: http://www.abrates.org.br

Published: June 27, 2025

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