Brazil
January 12, 2016
Pesquisadores e extensionistas da Epagri, professores de mecanização agrícola da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e produtores rurais se uniram para trabalhar na adaptação de máquinas de semeadura direta de cebola. O objetivo da parceria é propor alterações nos equipamentos para viabilizar o cultivo da hortaliça sobre cobertura morta (palhada), reduzindo a erosão e melhorando a qualidade da produção
Édio Zunino Sgrot, extensionista da Epagri de Ituporanga, conta que o custo de produção da cebola no Alto Vale do Itajaí tem subido em função do uso intensivo de mão de obra contratada nos períodos de plantio e colheita (correspondendo a até 50% do custo total) e também do atendimento à lei trabalhista. “Com o objetivo de reduzir a mão de obra, muitos agricultores estão optando pelo sistema de semeadura direta em vez do transplante das mudas”, explica.
O problema é que as máquinas utilizadas na semeadura direta não conseguem fazer um bom trabalho no terreno coberto com palhada, exigindo o preparo convencional do solo, que retira essa proteção. “O preparo convencional tem provocado um processo erosivo bastante acentuado em anos como este, com chuvas excessivas”, ressalta Édio.
A reunião que resultou na parceria foi realizada em novembro do ano passado. Na Estação Experimental de Ituporanga, os participantes visitaram experimentos com sistema de plantio direto e rotação de culturas e observaram as máquinas usadas para transplante e semeadura direta de cebola. Em Alfredo Wagner, o grupo visitou uma ferraria que trabalha com adaptação de máquinas agrícolas para plantio direto, além da propriedade do agricultor Valdemar Lauro da Silva, que trabalha há mais de 15 anos com plantio direto de cebola.
O próximo passo é promover uma reunião entre professores da UFSC e a direção da Epagri para aprovar e oficializar da proposta de trabalho. No fim deste mês já devem iniciar alguns testes em campo.